A realidade e o sonho
O pesadelo na terceira idade é renovado diariamente com as
notícias de uma crise que deu todos os indicativos de que aconteceria, caso
nossos muitos políticos famosos e agora governantes (em quantidade
significativa) aceitassem antecipar ações preventivas e aqueles que disputavam
reeleições houvessem agido com seriedade e competência.
Não há adjetivo, desculpas, discursos que convençam aqueles
que sonharam por um Brasil melhor e mais sensato.
Mais triste foi sentir a omissão, ignorância e até a
possível “esperteza” de muitos profissionais que desejavam o desastre ou
ganhavam com a displicência e ou arrogância absurda de nossa Presidente, ops,
Presidenta, por exemplo. O Poder Executivo em todos os níveis no Brasil mostrou
exemplos de governos caóticos, oportunistas e criminosamente... A Lava Jato que
o diga.
Na terceira idade os aposentados estão assustados. Além de
perderem qualidade de vida, qual será a situação de seus dependentes se vierem
a faltar (morrendo, tornando-se inválidos, rejeitados pelo mercado de trabalho,
inúteis...)?
Parece praga contra os brasileiros e brasileiras; o desmonte
dos sistemas de aposentadoria estatais e privados continuam se repetindo.
O que podemos fazer?
ONGs, Universidades da Terceira Idade, fundações, INSS,
empresas públicas e privadas etc. precisam criar sistemas de reeducação de
pessoas dependentes de trabalhadores que se aposentaram. Os mais antigos não
viveram os tempos de maior independência das mulheres, para lembrar uma
situação de extrema fragilidade.
A expectativa de vida aumentou, tornando muitas pessoas
aposentadas gente com deficiêcncia(s); dos proventos da aposentadoria saem
recursos para ajudar muita gente. E se a pessoa que trabalhou e pagou para
garantir a velhice morre?
Os custos sobem. Brasil em concordata agrava suas contas.
Como sobreviverão as crianças, jovens, adultos e idosos com restrições físicas,
sensoriais e/ou intelectuais?
Passamos por um período dantesco nesses últimos anos, da
euforia para o pesadelo da crise política e econômica, desaguando no drama de
milhões de pessoas desempregadas, doentes, pagamentos atrasando, doenças novas,
degradação de serviços essenciais...
Foi Golpe ou desgoverno em todos os níveis?
O Brasil e seu povo vão superar essa crise, mas qual será o
saldo dessa guerra em que o primeiro alvo são os aposentados?
É importante insistir, carecemos de treinamento realista
para pessoas resistirem em tempos de crises modernas.
Emissoras de televisão mostram bons programas para jovens e
adultos, e as pessoas com deficiência(s), idosas, senis, com doenças graves?
O desmonte de postos de trabalho e dos serviços essenciais é
mais do que evidente. Em Brasília, contudo, parece que o principal é defender
pessoas da Corte e teses macabras.
Pobre povo brasileiro, merece o que tem?
Cascaes
27.4.2016
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