terça-feira, 7 de junho de 2011

A Responsabilidade de conselheiros eleitos

Em qualquer atividade de interesse público ou privado temos conselheiros eleitos pelo povo ou associados da instituição. Essas pessoas têm grande responsabilidade perante a Lei, à entidade (empresa, fundação, concessionária, ONG etc.) e a todos os que dependem dessa organização.
Vimos nas crises econômicas mundiais recentes planos de aposentadoria evaporarem por efeito da má gerência de seus fundos. Idosos tiveram seus programas de vida alterados porque vigaristas de terno e gravata, muita pompa e circunstância, simplesmente usaram mal o dinheiro confiado a eles.
Nossas concessionárias de serviços públicos também têm “Conselhos de Consumidores” e algumas atividades importantes de Estado enchem-se de conselhos, mais para cooptar lideranças do que para atender bem a população.
Temos internet, blogs, youtube e coisas semelhantes. Já não é dispendioso e difícil (a menos que o conselheiro não saiba ler e escrever) que essas autoridades eleitas façam relatórios mensais, preenchendo, colocando um “x” na coluna certa, se necessário, o que entenderam do desempenho do que “aconselham” e cuidam.
É sempre bom lembrar que em pouco tempo pode-se implodir uma fundação, por exemplo. Já vimos esse filme antes por aqui e simplesmente ficamos assustados com as decisões temerárias e ao gosto de lideranças que, ocultas ou explícitas, tomaram.
No caso das fundações a PREVIC aperta o cerco, e o resto? Nós, ficamos feito sorvetões alheios ao que nossos eleitos fazem?
Precisamos que contratos e compromissos, além do que a legislação determina, obriguem os escolhidos a, regularmente (a frequência depende da fragilidade e importância do que é vigiado), digam e mostrem dados e fatos relevantes em linguagem popular, compreensível, didática.
Temos já uma geração de pessoas que estiveram em cargos importantes após 1988. Nossa Constituição Federal, apesar das PECs e sua dimensão absurda, já começa a ser compreensível. No Brasil existem centenas de milhares de advogados, além de outros tipos de profissionais. Há, pois, condições de se descobrir alguém que entenda alguma coisa nesse Brasil inculto e belo.
Nosso povo, em relação às concessionárias, deve saber o que elas significam.
Qualquer ONG precisa informar seus associados de forma ampla o que a sua diretoria decide.
Assim, por quê não aprender com o passado recente?
Em termos políticos a mídia não cessa de apontar situações suspeitas.
Como devemos reagir? Planejar alguma revolução ou, com firmeza e dentro de nossas possibilidades, começar a apertar os parafusos daqueles que elegemos para nos representarem em todas as funções que nos afetam?
Sabemos que os vigaristas contam com a omissão, a ignorância e a ingenuidade do povo.
O nível de ignorância, contudo, varia do geral (a nação) ao restrito (uma ONG qualquer).
Precisamos e devemos, pois, discutir e criar compromissos com candidatos a cargos de representação, filmá-los, colocar suas imagens e palavras em blogs, cartórios, jornais etc. para que tenhamos condições de alguma espécie de cobrança em caso de desvios.
Nosso povo tem sido enganado em prosa e verso, está na hora de mudar essa condição de alienação.

Cascaes
7.6.2011

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